O
pequeno Caique, de apenas três anos, que estava internado há dois anos e três
meses na UTI de um Hospital de Praia Grande, no litoral de São Paulo, por conta
de uma atrofia muscular espinhal, recebeu, na última quinta-feira (19), a
visita do cantor Luan Santana, de quem é fã. O sertanejo estava na cidade para
o show especial de aniversário de 50 anos do município e, depois de uma
campanha nas redes sociais, foi conhecer o pequeno. Mas a melhor notícia veio
um dia depois, na sexta-feira (20), quando o menino recebeu alta médica e
poderá continuar o tratamento em casa com um ‘home care’.
A
história do Caique e do pai dele foi contada pelo G1 em agosto do ano passado.
Durante todo o tempo em que o filho mais novo permaneceu internado no Hospital
Irmã Dulce, Genival Francisco de Almeida, de 34 anos, dormiu todos os dias com
o menino e ficou conhecido pela equipe médica como ‘super pai’, justamente pelo
exemplo de dedicação e carinho. O sonho de Genival era um dia poder levar o
filho para casa. E esse dia chegou.
“Ele
veio para cá no colo. Ficou todo esse tempo (dois anos e três meses) acamado. É
um choro de alegria, mas o primeiro quando chegamos aqui foi de tristeza. O
importante é que ele venceu e mostrou que é mais guerreiro do que muita gente.
Vamos para casa”, comemorou o pai com um sorriso largo poucos minutos antes de
deixar o hospital junto do filho em uma ambulância.
Caique
é o filho mais novo de Cristiana e Genivaldo. Ele nasceu de parto normal em
junho de 2013. Aos cinco meses de idade Caique começou a ficar com o corpo
“mole”. A princípio, quando foi internado pela primeira vez com falta de ar, a
suspeita era de H1N1, o que foi descartado após um exame no Hospital Guilherme
Álvaro, em Santos. O garotinho tinha, na verdade, atrofia muscular espinhal, o que
faz com que ele perca a potência muscular e não consiga andar. Ele depende de
aparelhos para respirar e se alimenta por sonda.
Ainda
emocionado e caminhando pelos corredores do hospital, Genival cumprimentou os
enfermeiros com quem viveu a rotina dos últimos anos. “É a primeira vez que ele
(filho) sai. É uma sensação inexplicável. Foram mais de dois anos esperando e
eu consegui. Muita gente me ajudou. Obrigado a todos”, agradeceu o morador de
Mongaguá.
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