Funcionário relata ‘tabela de preços’ para entrada de armas em presídio
Presos da Casa de Prisão
Provisória de Palmas chegam a oferecer R$ 6 mil para os funcionários da
unidade facilitarem a entrada de objetos no local. A informação é de um
dos empregados da empresa Umanizzare, que administra a CPP de Palmas e o
presídio Barra da Grota, em Araguaína, ao Jornal Nacional. Segundo o
homem, que pediu para não ser identificado, existe uma ‘tabela de
preços’ oferecida pelos presos para a entrada de celulares e armas.
“Todo dia tem os presos que oferecem. Os
presos oferecem em torno de R$ 2 mil a R$ 3 mil para colocar um celular
para dentro do sistema. Inclusive, arma de fogo para eles se prepararem
para uma futura briga entre facções. Arma de fogo eles oferecem em
torno de R$ 5 mil e R$ 6 mil. E sempre acaba entrando”, afirmou.
De acordo com o homem, tanto a empresa
quanto o governo não fiscalizam o serviço dos funcionários da
terceirizada. Em dezembro, uma arma calibre 22 foi encontrada dentro da
CPP de Palmas, enterrada em um buraco, dentro de várias camadas de sacos
e preservativos. O objeto estaria com uma facção criminosa.
“Esse tipo de esquema sempre teve, né?
Dentro da empresa sempre teve. Sempre tem aquele que se vende por R$ 2,
R$ 3, R$ 4 mil para colocar um celular ou droga dentro do sistema
penitenciário”, relatou o funcionário.
Durante vistorias nesta segunda-feira
(9) foram encontradas armas, drogas e cachaça artesanal nos presídios do
Tocantins, além do estatuto de uma facção criminosa. Cinco presos
ficaram feridos após serem atingidos por balas de borracha.
O diretor do sistema penitenciário disse
que a fiscalização é diária. “Vamos abrir uma investigação juntamente
com a Secretaria de Segurança Pública para que se possa apurar esses
fatos, identificar essa pessoa que está contaminando a unidade prisional
e tomar as medidas judiciais de imediato. Se algum servidor que for
identificado passando algum objeto ilícito, ele vai ser automaticamente
afastado, encaminhado à corregedoria de polícia e responderá
criminalmente pelos seus atos”, disse Darlan Rodrigues.
G1
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