Raul Jungmann e Robinson Faria lanaçaram Operação Potiguar nesta quinta (Foto: Fred Carvalho/G1)
Natal e da Grande Natal. Os militares
podem fazer prisões em flagrante. "O objetivo é auxiliar no patrulhamento
e, com isso, poder liberar os policiais que antes estavam nesses locais para
ocupar outras áreas, inclusive cidades do interior do Estado". Os
militares nâo têm poder para fazer incursões na periferia das cidades e também
não irão ajudar nas investigações dos crimes.
Protocolo quebrado
Em entrevista coletiva, o governador Robinson Faria quebrou o protocolo e fez
um apelo ao ministro Raul Jungmann. "Apelo em nome do povo do Rio Grande
do Norte. Peço que seja feito um aditamento desse prazo de permanência das
tropas aqui no nosso Estado. O ideal é que esses bravos homens fiquem conosco
até o Governo do Estado conseguir implantar bloqueadores de celular em todas as
unidades prisionais", pediu o governador. De acordo com Faria, o prazo
para conseguir intalar os bloqueadores é de cerca de dois meses.
Após o pedido do governador, Raul
Jungmann disse que irá analisar a solicitação. "Há a maior boa vontade do
governo federal para ajudar o Rio Grande do Norte. Mas temos que estudar esse
pedido. Se for possível, iremos atender esse pleito".
Tropas do Exército foram para as ruas na manhã desta quinta (Foto: Fred Carvalho/G1)
Operação Potiguar
A vinda de Jungmann a Natal marcou o início da Operação Potiguar. Os 1.200
militares que irão atuar na ação chegaram a Natal na manhã desta quarta. Já à
noite, 55 deles foram às ruas e ocuparam alguns dos principais cruzamentos da
capital.
O Rio Grande do Norte vem sendo alvo de ataques
criminosos desde a sexta (29). Pelo menos 106 ataques criminosos foram
registrados em 36 cidades. Foi o que informou o mais recente boletim divulgado
pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed). O primeiro ataque
aconteceu na tarde da sexta, quando um micro-ônibus foi incendiado na BR-304,
em Macaíba, cidade da Grande Natal. A instalação de bloqueadores de celular na
Penitenciária Estadual de Parnamirim, que também fica na região Metropolitana
da capital potiguar, é apontada pelo governo como motivo dos atentados. O
equipamento foi instalado no dia anterior.
Os principais alvos dos criminosos são ônibus, carros,
prédios da administração pública e bases policiais. Um dos acessos ao aeroporto
Internacional Aluízio Alves, e até mesmo a vegetação do Morro do Careca - um
dos principais cartões-postais do estado - também foram alvos dos atentados.
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