04 agosto 2016

'Paz será recuperada', diz Jungmann no RN; governador pede mais apoio

Ministro da Defesa iniciou operação para combater ataques criminosos.
Robinson Faria fez apelo para tropas ficarem por mais tempo no Estado.

Raul Jungmann e Robinson Faria lanaçaram Operação Potiguar nesta quinta (Foto: Fred Carvalho/G1)
Natal e da Grande Natal. Os militares podem fazer prisões em flagrante. "O objetivo é auxiliar no patrulhamento e, com isso, poder liberar os policiais que antes estavam nesses locais para ocupar outras áreas, inclusive cidades do interior do Estado". Os militares nâo têm poder para fazer incursões na periferia das cidades e também não irão ajudar nas investigações dos crimes.
Protocolo quebrado
Em entrevista coletiva, o governador Robinson Faria quebrou o protocolo e fez um apelo ao ministro Raul Jungmann. "Apelo em nome do povo do Rio Grande do Norte. Peço que seja feito um aditamento desse prazo de permanência das tropas aqui no nosso Estado. O ideal é que esses bravos homens fiquem conosco até o Governo do Estado conseguir implantar bloqueadores de celular em todas as unidades prisionais", pediu o governador. De acordo com Faria, o prazo para conseguir intalar os bloqueadores é de cerca de dois meses.
Após o pedido do governador, Raul Jungmann disse que irá analisar a solicitação. "Há a maior boa vontade do governo federal para ajudar o Rio Grande do Norte. Mas temos que estudar esse pedido. Se for possível, iremos atender esse pleito".
                           Tropas do Exército foram para as ruas na manhã desta quinta (Foto: Fred Carvalho/G1)

Operação Potiguar

A vinda de Jungmann a Natal marcou o início da Operação Potiguar. Os 1.200 militares que irão atuar na ação chegaram a Natal na manhã desta quarta. Já à noite, 55 deles foram às ruas e ocuparam alguns dos principais cruzamentos da capital.
O Rio Grande do Norte vem sendo alvo de ataques criminosos desde a sexta (29). Pelo menos 106 ataques criminosos foram registrados em 36 cidades. Foi o que informou o mais recente boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed). O primeiro ataque aconteceu na tarde da sexta, quando um micro-ônibus foi incendiado na BR-304, em Macaíba, cidade da Grande Natal. A instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, que também fica na região Metropolitana da capital potiguar, é apontada pelo governo como motivo dos atentados. O equipamento foi instalado no dia anterior.
Os principais alvos dos criminosos são ônibus, carros, prédios da administração pública e bases policiais. Um dos acessos ao aeroporto Internacional Aluízio Alves, e até mesmo a vegetação do Morro do Careca - um dos principais cartões-postais do estado - também foram alvos dos atentados.


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