MP
apura 'possível ato de improbidade' do governador do RN
MP questiona pagamento de pensão eletiva a dois
ex-governadores.
Inquérito que apura decretos de Robinson Faria
Inquérito que apura decretos de Robinson Faria
O Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou
inquérito civil para apurar "possível prática de ato de improbidade
administrativa" cometida pelo governador do Estado, Robinson Faria (PSD).
O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, se baseou em representação
encaminhada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da
Comarca de Natal noticiando que Robinson teria regulamentado, através de
decretos, o pagamento de pensão eletiva aos ex-governadores Lavoisier Maia
Sobrinho e José Agripino Maia.
A portaria que instaura o inquérito foi publicada na
edição desta terça-feira (10) do Diário Oficial do Estado. De acordo com o
texto do documento, Robinson Faria, por atos normativos e com efeito
retroativo, elevou "consideravelmente o valor até então pago – de aproximadamente
R$ 11 mil para R$ 33.823". Segundo a representação, esses atos normativos
seriam irregulares, "pois, em tese, contrariaram normas orçamentárias e
administrativas, o que pode configurar ato de improbidade administrativa".
O procurador Rinaldo Reis, ainda na portaria,
determina que o governador Robinson Faria seja notificado e que preste
informações por escrito, no prazo de 10 dias, sobre a representação da
Promotoria do Patrimônio Público.
Outro lado
No início da tarde, o Governo do Estado emitiu nota sobre o inquérito alegando que os atos não foram iniciativa da atual administração. "A publicação dos decretos no dia 24 de setembro de 2015 foi um ato meramente formal, para regularizar uma situação ja existente há décadas, em virtude do extravio dos autos dos procedimentos administrativos de concessão das pensões pela Administração Pública. A publicação teve efeitos retroativos à data da concessão tão somente para legitimar o ato, não havendo efeitos financeiros nem diferenças a serem pagas", diz a nota.
No início da tarde, o Governo do Estado emitiu nota sobre o inquérito alegando que os atos não foram iniciativa da atual administração. "A publicação dos decretos no dia 24 de setembro de 2015 foi um ato meramente formal, para regularizar uma situação ja existente há décadas, em virtude do extravio dos autos dos procedimentos administrativos de concessão das pensões pela Administração Pública. A publicação teve efeitos retroativos à data da concessão tão somente para legitimar o ato, não havendo efeitos financeiros nem diferenças a serem pagas", diz a nota.
O Governo lembra ainda que "o benefício está
previsto na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, no artigo 175,
vigente ao tempo das concessões, e já vem sendo pago regularmente ao longo dos
anos. De acordo com os registros da folha de pagamento da Secretaria de
Administração do Estado, o ex-governador Lavoisier Maia recebe a pensão desde
abril de 1983; e o ex-governador José Agripino Maia, desde abril de 1987. O
valor pago atualmente, em obediência a Lei nº 9.932/2015, é de R$ 21.914,76.
Portanto, importante ressaltar que não se trata de atos de concessão do
benefício nem de majoração ilegal de valores, mas exclusivamente de
regularização de uma situação já consolidada".
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